segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A saúde física e mental do trabalhador - Parte 2: O sequestro da subjetividade

Essa é a segunda postagem da nossa série sobre a saúde do trabalhador. Nesse texto, trazemos algumas considerações sobre como o ambiente de trabalho pode, por vezes, roubar o sujeito de sua individualidade, fazendo com que ele assuma uma identidade predominante de um grupo. Damos à esse fenômeno o nome de sequestro da subjetividade.

domingo, 28 de outubro de 2018

A saúde física e mental do trabalhador - Parte 1: considerações históricas


É sabido que em ordem de sobreviver na sociedade capitalista, o homem precisa trabalhar e, em virtude disso, sabemos também que a sua relação com o trabalho está diretamente ligada à sua saúde física e mental, que não se separam, pois há nessa atividade toda uma correlação com a qualidade de vida de um indivíduo. À vista disso, planejamos uma série de postagens recortadas de um trabalho apresentado à disciplina de Processos de Gestão do Trabalho do 6º período do curso de Psicologia, onde discutimos um pouco sobre o sequestro da subjetividade e a saúde do trabalhador, não só no Brasil, mas também no Japão, para que juntos possamos refletir e expandir nosso conhecimento sobre uma outra realidade tão distante da nossa. Nessa primeira postagem da série, trazemos algumas considerações históricas sobre como a saúde do trabalhador era vista e seu processo de mudança. Além de nós, Alessandra e Jhéssica, o texto também conta com a participação de Luara da Silva.

sábado, 27 de outubro de 2018

Homo homini lupus est



HOMO HOMINI LUPUS EST

Alessandra Ferreira


A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Chico Buarque, Apesar de Você



Ao estudar um pouco de psicanálise, ao ler textos de Freud, ao ler textos de Lacan, ao vivenciar o agora, no auge de toda essa angústia ocasionada pela nossa situação política, surge um questionamento: quem em face de toda sua experiência da vida e mesmo de seu conhecimento da própria história teria a coragem de aceitar qualquer condição desumana? A resposta vem com os acontecimentos que vivenciamos dia após dia. Fica “fácil” compreender que essa cruel agressividade que Freud tanto falava encontra-se apenas dormente em todo ser humano, só esperando por alguma provocação advinda do externo, do outro, enquanto ao mesmo tempo também aguarda por uma afirmação, para que possa se colocar a serviço da satisfação de seus desejos. E o investimento na agressividade agora tem voz. Vozes. Muitas delas, fazendo eco em cada esquina, tentando oprimir, amedrontar e silenciar toda e qualquer diferença. Eles chamam isso de liberdade de expressão.