sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O filme “Confiar” e a adolescência

Essa postagem traz uma análise sobre o filme “Confiar”, em que são abordados temas já explorados nas postagens anteriores (1) (2), sobre a adolescência e o desenvolvimento humano, agora buscando atrelar os conceitos de forma mais dinâmica correlacionando-os com o filme. O trabalho também foi realizado no quarto semestre na disciplina Psicologia do Desenvolvimento Adolescência e Fase Adulta. Texto foi escrito por Jhéssica Pereira e Elisângela Cavalheiro, revisado e organizado para o blog por Alessandra Ferreira.



O FILME “CONFIAR” E A ADOLESCÊNCIA

“A tendência mais profunda
de toda atividade humana é
 a marcha para o equilíbrio” 
(Piaget, 1972)

Sinopse

  “Confiar” (Trust) é um filme de 2010 dirigido por David Schwimmer que conta a história de uma garota chamada Annie (Liana Liberato) durante sua passagem dos 13 para os 14 anos de idade. Aparentemente Annie tem uma vida normal com sua família, mora com seus pais, Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener), seu irmão mais velho, Peter (Spencer Curnutt), que está prestes a entrar para faculdade e sua irmã mais nova, Kate (Aislinn DeButch). 
      Annie conhece uma pessoa pela internet que se torna seu amigo virtual, um sujeito que diz se chamar Charlie (Chris Henry Coffey) sobre o qual inicialmente ela fala abertamente para os pais. Porém, ao longo das conversas, Charlie, que havia dito ter 16 anos, conta para Annie que na realidade tem 20 anos e que está na faculdade. Annie fica momentaneamente chateada, mas continua conversando com ele, sem contar para sua família, depois Charlie diz ter 25 anos e já estar formado, deixando Annie novamente chateada, mas ela decide deixar pra lá e as conversas continuam. 
      Então, em dado momento, o irmão de Annie vai para faculdade, acompanhado de seus pais e, nesse mesmo dia, Charlie combina de ir conhecer Annie pessoalmente e eles se encontram em um shopping. Quando Charlie se apresenta para Annie, ela fica claramente abalada, lhe dando respostas curtas e ela também chora ao perceber que ele na realidade tem aproximadamente 40 anos. Charlie lhe diz que a achava mais madura para lidar com esta situação e pede para eles só darem uma volta e conversarem, Annie aceita. 
      Os dois vão a uma sorveteria e, durante a conversa, Charlie diz como a acha inteligente e madura. Depois da sorveteria, Charlie entra no carro com Annie e pede para ela abrir o presente que trouxe para ela, Annie o olha sem dizer nada. Charlie então leva Annie para um motel e ela veste o presente – uma lingerie vermelha – e, mesmo envergonhada, Annie senta-se ao lado de Charlie e ele começa a beijá-la em seguida partindo para cima dela. Annie pede para Charlie parar e chora, mas ele não para. 
      Após o ocorrido, Charlie não liga mais para Annie e nem conversa com ela por mensagens. A amiga da escola de Annie descobre o que aconteceu e conta para direção da escola, eles então chamam a polícia. Annie é levada da escola para fazer alguns exames e sua família é chamada. A partir daí, começa então uma investigação para descobrir quem é Charlie. Também é indicado que Annie comece a fazer terapia, na qual ela relata não ser uma vítima e que ela e o Charlie se amam. 
      Somente posteriormente, mais para o final do filme, ao descobrir que Charlie já havia se envolvido com três garotas menores de idade, Annie diz que ele abusou dela. Annie sofre com seu relacionamento com seus pais que fica abalado e também com o bullying na escola. Por essa razão, ela tenta suicidar-se, mas não sucede.

Annie (Liana Liberato) com seu computador novo
Análise

    Erikson (s.d.) citado por Elkind (1978) considera que existem oito estágios do desenvolvimento humano, o primeiro estando relacionado à confiança e a desconfiança que um indivíduo pode desenvolver, esta fase apresenta um aspecto peculiar, pois tal necessidade de confiar ou não em algo ou alguém irá se repetir nos próximos estágios da vida do indivíduo. 
      No filme a personagem Annie tem 14 anos e está na fase da adolescência, na qual os aspectos comuns são: crise de identidade e confusão de papéis. Podemos supor que ela também estaria elegendo pessoas para confiar ou não e quando Annie se aproxima de Charlie pela internet, ela decide confiar nele, conversando diariamente e estabelecendo um vínculo no qual mesmo quando ele mente para ela sobre sua idade, dizendo primeiramente que tinha 16 anos, depois falando que tinha 20 anos, deixando Annie um pouco chateada, mas ela ainda continua conversando normalmente com ele. Quando ele revela ter 25 anos, Annie fica extremamente irritada, mas mesmo assim continua seu contato com ele. Ela decide continuar confiando nele e, de certa forma, desconfiando de seus familiares a partir do momento que não comenta mais sobre Charlie abertamente no seu meio familiar. 

Charlie (Chris Coffey) e Annie ao se encontrarem no shopping
      Mesmo após conhecer pessoalmente Charlie e descobrir que na realidade ele tinha cerca de 40 anos, Annie não foge, não liga para ninguém, ela demonstra apenas ficar chateada, mas conversa e sai com ele. Nesse momento se pode perceber que essa confiança foi bem construída durante os dois meses nos quais eles estavam conversando. É com essa ruptura que se forma na confiança entre Annie e seus pais que Charlie aproveita para entrar em cena, dando atenção aos temas que eram importantes para Annie, como por exemplo, o vôlei. Ele é sempre atencioso, perguntando sobre o que ela está fazendo e lhe dando conselhos. Percebe-se que Annie busca estabelecer confiança com seus pais quando, por exemplo, chega de uma festa de uma “menina legal” da escola e fala para seu pai que ficou assustada com as garotas, porém seu pai não lhe dá muita atenção e continua trabalhando. 
      O assunto com o qual Annie havia ficado assustada era relacionado a sexo, ela busca traços identificatórios num grupo, mas não consegue se identificar, pois o grupo falava sobre sexo, usavam drogas e bebiam, contexto com o qual ela não se sentia a vontade. Pode-se notar que na falta de conversar com seu pai sobre a festa, ela busca conversar com Charlie, dizendo que só ele lhe entende. O que se pode supor também que não ajudou neste estabelecimento de confiança com seus pais, foi o fato de Annie sair com suas amigas para comprar um sutiã e sua mãe lhe fazer devolver imediatamente, por achá-lo inadequado para sua idade, após este ocorrido Annie conversa sobre o assunto com Charlie novamente.
    Erikson (s.d.) citado por Elkind (1978), aponta que no quarto estágio do desenvolvimento humano, há o desenvolvimento da indústria e inferioridade, no qual, os esforços de um indivíduo podem ser reforçados pelo ambiente, como a tentativa de construir algo sozinho e ainda receber um elogio sobre isso. No entanto, se o indivíduo apresentar estes comportamentos e for “podado” pelo ambiente, como por exemplo, todas suas ações forem tachadas como travessuras, o indivíduo poderá desenvolver em maior grau a inferioridade. Este estágio não está mais vinculado diretamente aos pais, os outros ambientes que a criança convive terão um papel de influenciar neste desenvolvimento e pode ser tanto dentro de casa, como na escola ou outros ambientes sociais nos quais o sujeito está inserido. Supõe-se aqui que em relação à Annie, ela possa ter desenvolvido o sentimento de inferioridade em maior grau, posto que quando ela passa para o quinto estágio se sente desajustada no ambiente escolar.
Annie e seus pais Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener)
      Ainda segundo Erikson (s.d.) citado por Elkind (1978), é no quinto estágio que a criança está passando para a adolescência – fase em que Annie se enquadra. Este estágio se define como uma fase extremamente importante, pois além dos aspectos biológicos que estão aflorados, os aspectos psicológicos também estão em destaque. É uma fase onde o adolescente poderá desenvolver sua identidade ou acabar entrando numa confusão de papéis. Vale enfatizar que se o indivíduo passou pelos estágios anteriores da vida de forma positiva, isso irá contribuir com esta transição. Nesta fase o adolescente apresenta uma forma diferente de ver o mundo, criando novas filosofias de vida.
   Piaget (1972) considera que a fase da adolescência tem como característica desequilíbrios momentâneos dentro da evolução psíquica, na qual se enfatiza a fase da puberdade – amadurecimento do instinto sexual. Durante esta transição, o adolescente primeiramente tem seu lado emocional e o pensamento afetados, mas estes são posteriormente fortalecidos. Nesta fase o adolescente cria teorias sobre a vida, diferentemente da fase da infância. Estas teorias apresentam um caráter abstrato e geralmente tem como intuito uma maneira de mudar o mundo. Desta forma, Piaget marca que é a partir dos 12 anos de idade que o jovem passa a ter um pensamento “hipotético-dedutivo”, tendo assim um pensamento formal sobre as coisas, ou seja, ideias lógicas vão ocorrendo com maior frequência e o jovem também é capaz de dar respostas as suas hipótese, ocorrendo então a chamada “assimilação egocêntrica”, que segue para a passagem da “acomodação ao real”.
      Para Aberastury e Knobel (1981) a adolescência é o período do desenvolvimento de maior instabilidade, caracterizada pela busca por uma identidade à medida que é necessário dar adeus à criança, desta forma acontecendo todo um processo de enfrentamento com seu meio. Pelo que se pode perceber no filme, Annie está nesta fase de enfrentamento, no luto da despedida da infância e passagem para adolescência, pois não sentia que seu corpo tinha proporções de mulher. Esta passagem é muito dolorosa, motivo de intensa dúvida e desconforto, nesta fase o adolescente necessita de cuidado e atenção, caso contrário será formado um abismo entre os pais e os filhos. Fato este que se observa no filme, quando o pai de Annie tende a acreditar que Annie ainda é uma criança. É normal que exista essa negação, visto que essa transição é difícil para os pais do mesmo modo que é para o adolescente. Esse despreparo dos pais pode abrir caminho para que o jovem se sinta atraído a experimentar novas vivências como drogas, sexo, dentre outras.
      Segundo Dessen, Costa Junior e Dessen (2005), a fase da adolescência é marcada por uma passagem de desordens biológicas, psicológicas e sociais. A personagem Annie ao encontrar Charlie pessoalmente, fica num estado de choque momentâneo, e, ele por ser mais velho, acaba fazendo Annie se sentir culpada com a situação, dizendo que achava que ela era mais madura. A situação que ocorre no encontro com Charlie sucederá um trauma em Annie, no qual poderá prejudicar todo o seu desenvolvimento.
      Segundo Berson et al. (1974), o adolescente está em uma fase de desenvolvimento de seus próprios valores, opiniões e atitudes, desta forma, através de seu comportamento característico ele busca uma identidade, podendo se rebelar contra seus cuidadores para mostrar que é um ser diferente e não somente uma extensão deles. No filme, após o abuso sexual sofrido por Annie, ela não se considera uma vítima, dizendo que “tudo bem” os dois ficarem juntos mesmo com tal diferença de idade, que o importante é que ele a compreende. Nesta parte se pode perceber que ela criou um modo diferente de ver a situação, trazendo novos valores para tal, o que importava era ele compreendê-la. 
      De acordo com Berson et al. (1974) também mostra que o adolescente procura uma figura adulta que lhe respeite, sendo isso algo fundamental na construção da identidade do jovem, pois ele busca uma independência das pessoas que aprecia, mas acaba carregando os valores delas como seus. Isso poderia explicar o fato de Annie depositar total confiança em Charlie, pois ela precisava de uma figura mais velha que lhe respeitasse e a qual ela admirasse. O fato de Charlie dizer que jogava vôlei como ela, também ajudou neste estabelecimento de laço entre os dois, pois Annie se identificava com ele.
      Segundo Piaget (1972), a vida amorosa do adolescente ocorre na entrada ao mundo adulto, mas o amor que ele sente se trata na realidade de uma projeção de seus ideais, esse amor ocorre independente de encontrar uma pessoa para depositar tais sentimentos. Como o jovem está nessa fase de pensamento “hipotético-dedutivo” seus sentimentos tendem a ultrapassar o real e o adolescente sente uma ligação maior com as pessoas. Percebe-se que Annie está vivendo essa fase quando ela diz que o Charlie estaria ligando e mandando mensagens para ela, só não o faz por causa das investigações.
Annie e Charlie no hotel
      Berson et al. (1974) fala sobre como o adolescente apresenta a necessidade de se inserir num grupo e da fidelidade que ele desenvolve para com este, pois no grupo o adolescente terá o acolhimento que outrora buscava no meio familiar, enquanto agora a família para ele é vista como invasiva. Annie demonstra dificuldade em se inserir no grupo de “meninas legais” da escola, elas já falavam sobre sexo, enquanto Annie ainda não demonstrava saber muito sobre o assunto, supõe-se que esta necessidade de ser aceita pelo grupo – que já tiveram relações sexuais – possa ser um dos fatores que contribuíram para que Annie não fugisse quando encontrou Charlie. Além de confiar nele, de achar que “tudo bem” os dois ficarem juntos, mesmo com a diferença de idade, ela também poderia se sentir pressionada pelo grupo no qual gostaria de se inserir, de ter um namorado e ter relações sexuais. 
   Berson et al. (1974) também mostra que o adolescente pode apresentar um comportamento sexual como forma de rebeldia com relação à família. Annie conversava com Charlie sobre sexo pela internet, essa poderia ser uma atitude de rebeldia, mas também poderia estar ligada somente ao seu estado biológico, no qual há um amadurecimento do instinto sexual. Quando Annie está com Charlie no motel, ela pede para ele parar e chora, aqui nota-se que ela não desejava realizar o ato em si, se caracterizando como um abuso.  
      Segundo Amazarry e Koller (1998), o jovem quando está em fase de desenvolvimento tende a colocar o adulto numa posição de comando, devido ao seu pouco desenvolvimento biológico, social e cultural, desta maneira o jovem é incapaz de entender a característica do contato sexual em si ou um abuso de fato. Percebe-se isso quando Annie defende seu abusador, pois este fato trouxe muita confusão, insegurança e negação para ela, afinal Charlie correspondia aos seus anseios por um futuro namorado. Isso ocorre pela sedução e a influência que Charlie realiza em relação à Annie, ele dispensa carinho e atenção sobre ela. Após o abuso Annie vive uma situação conflituosa, formada por diferentes sentimentos, como o medo, a raiva, a culpa e o desamparo, que a levam a tentar o suicídio. 
      Segundo Amazarry e Koller (1998), outros sintomas que também podem ocorrer são a atividade masturbatória compulsiva, distúrbios do sono, distúrbios de aprendizagem, distúrbios alimentares, conduta isolada, sintomas psicóticos, quadros ansiosos, obsessivo-compulsivos, depressão, sentimentos de rejeição, confusão, humilhação, vergonha e medo. A violência sexual na adolescência é um tema de extrema importância, pois se ocorre gradativamente o aumento desta forma de violência, pode-se definir como violência sexual não só o ato em si, mas uma carícia íntima, expor a pornografia, até a penetração vaginal, anal ou oral.
    Para Minuchim e Fishman (1990) os conflitos são importantes no processo de desenvolvimento dos membros de uma família porque promovem vias de interação grupal, positivas ou negativas, que estimulam o crescimento ou predispõem ao desequilíbrio emocional. O que se pode perceber que tanto antes quanto depois do abuso Annie não procura colaborar para resolver esses conflitos – afinal, por um determinado tempo ela passa pela fase da negação –, tanto ela quanto seu pai tinha várias atitudes que dificultavam no tratamento, pois os conflitos já existentes vieram à tona, isso trouxe um desequilíbrio não só para Annie, mas para sua dinâmica familiar também, desfavorecendo seu desenvolvimento, e também dificultando o trabalho de sua terapeuta. Berson et al. (1974) aponta ainda que o adolescente está passando por uma fase de transição da vida infantil a vida adulta, na qual ele precisará de apoio da família, pois é uma fase em que o jovem está sofrendo.

Considerações finais

      Como foi possível analisar, a adolescência é uma fase de crise tanto para o jovem como para a família devido ao alto nível de instabilidade emocional e grande atividade biológica. Os adolescentes ficam vulneráveis e sensíveis a tudo a sua volta, o que não era diferente na personagem Annie que ainda teve esse processo do desenvolvimento abalado devido ao abuso sexual que sofrera. O que se deve levar em conta durante todo o desenvolvimento de crianças e adolescentes é o equilíbrio do sistema familiar, ao qual se caracteriza como um apoio, uma segurança que auxiliará o processo de desenvolvimento, mas os conflitos não podem ser descartados, uma vez que esse serve de ponte para se iniciar uma conversa entre pais e filhos.
     Pode-se perceber que Annie sofre não só com a fase da adolescência, que se caracteriza como uma fase de crise, mas após o abuso sexual sua família que outrora lhe dava suporte, foi abalada e o modo como ela era tratada se tornou diferente. Os pais e familiares começaram a superprotegê-la e em seus outros âmbitos sociais também houve uma mudança, pois na escola Annie acaba por ser isolada e começa a sofrer bullying. 
Percebe-se que para uma boa análise é necessário avaliar todo o contexto que a personagem está inserida, analisar como se deu o desenvolvimento da jovem em questão, como eram seus relacionamentos interpessoais e no que eles mudaram após o episódio de abuso para que, desta forma, se possa entender a sua tentativa de suicídio ao final do filme.
      O nome do filme é “Confiar” e nota-se este tema sendo abordado diversas vezes e, como mencionado, é na primeira fase do desenvolvimento humano que se dá pelo sucesso ou não do estabelecimento de confiança em outra pessoa. Annie demonstrava confiar em seus pais e amigos, porém nesta fase de crise que se caracteriza a adolescência, ela de certa forma acaba confiando mais em Charlie, confiança essa que foi abalada após o abuso sexual. A partir deste momento, Annie parece não mais confiar em ninguém, somente após descobrir que Charlie já havia tido relações com outras adolescentes é que Annie percebe que foi abusada. Neste momento, ela confia em sua psicóloga para poder contar, após aceitar, que o que aconteceu com ela foi, de fato, um abuso sexual. 
     Esta sequência de episódios traz a incógnita de que: será que Annie conseguirá estabelecer um vínculo saudável de confiança em outros momentos de sua vida? E como este episódio traumático irá afetar as próximas fases de seu desenvolvimento? Pois bem, que o episódio irá deixar marcas em seu desenvolvimento se supõe que sim, mas é essencial um trabalho psicológico para que a jovem consiga manter uma vida saudável, não somente física e socialmente, mas também psicologicamente.
        Discorrendo sobre a problemática da violência e abuso contra crianças e adolescentes observa-se a importância e a carga emocional que envolve o assunto e enquanto futuros profissionais tem que estar capacitados para tratar o assunto com muito cuidado e segurança, preparados tanto emocionalmente, como também teoricamente. Faz-se importante a ampla base de conhecimentos sobre o abuso sexual na infância e na adolescência e as problemáticas que resultam na vida do indivíduo e da família, isso se faz necessário visando um melhor desempenho profissional e uma melhoria na qualidade das intervenções terapêuticas. 

Annie no consultório de sua psicóloga

REFERÊNCIAS

ABERASTURY, A., & KNOBEL, M. Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artmed, 1981.

AMAZARRAY, M. R. & KOLLER, S. H. Alguns aspectos observados no desenvolvimento de crianças vítimas de abuso sexual. In: _______.  Revista de Psicologia Reflexão e Crítica, 11(3), 1998.

BERSON, MINNIE P.; BLAINE GRAHAM B.; DIAMIND, EUGENE F.; HYMES, JAMES L.; READL, FRITZ; RICHMOND, JULIUS.; SMITH, LENDON; WEINBERG, HOWARD L. O mundo da criança. In Seção um: crescimento e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Delta, 1974.

DESSEN, M. A.; COSTA JÚNIOR, A. L.; DESSEN, M. S. C. (Orgs.). A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas futuras.  Porto Alegre: Artmed Editora S.A, 1975.

ELKIND, D. As oito idades do homem segundo Erikson. Diálogo. 11(1). 3-12. Texto digitalizado e revisado por Ana Maria de Barros Petersen, 1978.

MINUCHIN, S., & FISHMAN, H.C. Técnicas de terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

PIAGET, J. W. Seis estudos de psicologia. 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1972.

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COMO CITAR ESSA POSTAGEM

PEREIRA, J. K.; CAVALHEIRO, E.; FERREIRA, A. C. C. (Org.). O filme “Confiar” e a adolescência. Curitiba, 16 Fev 2018. Disponível em: <https://psiqueempalavras.blogspot.com/2018/02/o-filme-confiar-e-adolescencia.html>

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