terça-feira, 20 de março de 2018

O homem e o meio social

Jhéssica Karine Pereira


O homem é um ser em constante movimento, sendo assim, para compreendê-lo se faz importante atentar-se para sua interação com o ambiente, com as demais pessoas de sua comunidade e como isso lhe afeta. 
O ser humano é um ser social, que necessita de um convívio com o outro. Mesmo ao nascer o indivíduo já está inserido em uma sociedade, que lhe afeta. É como se ele herdasse desse meio tanto seus valores filosóficos e religiosos quanto os de linguagem e tecnologia. Deste modo a cultura em que se está inserido auxilia na constituição e formação de uma pessoa, e à medida que a sociedade modifica o homem, o homem também modifica o seu meio.
O homem possui uma excelente capacidade de aprendizagem e de adaptação ao ambiente em que vive se “moldando” de acordo as regras sociais e cultura vigente. Encontrando na linguagem um fator de extrema importância diante deste processo de desenvolvimento, afinal, é por meio da linguagem que o processo de transmissão cultural irá ocorrer por excelência.
Sendo assim a linguagem também irá influenciar no processo de formação de um indivíduo. No entanto, o indivíduo, que já teve todos esses valores impostos desde seu nascimento, pode em algum momento querer preservar ou ainda salientar sua individualidade e subjetividade, afinal cada ser humano é um ser único na natureza.
Como já citado, o homem tem uma grande capacidade de aprendizagem que gera uma mudança de comportamento, desta forma, o homem se encontra em constante aprimoramento, crescendo e ampliando seus conhecimentos. Esse desenvolvimento ocorre a partir de contatos sociais, porém é justamente nesse convívio social que acontecem grandes frustrações. Essas frustrações são algo comum na vida de qualquer pessoa, ela impede o ser de alcançar algo desejado, o forçando a agir de maneira diferente e continuar em movimento.

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COMO CITAR ESTA POSTAGEM

PEREIRA, J. K. O homem e seu meio social. Curitiba, 20 Mar 2018. Disponível em: <https://psiqueempalavras.blogspot.com/2018/03/o-homem-e-o-meio-social.html>

domingo, 18 de março de 2018

Breves reflexões acerca do pensamento de Jean-Paul Sartre

Alessandra Ferreira


1. “A existência precede a essência”

O texto “O Existencialismo é um Humanismo” foi escrito por Sartre para explicar o existencialismo. Nele, Sartre afirma que “a existência precede a essência”, querendo dizer com isso que o homem primeiramente existe, se descobre e surge no mundo e só depois ele se define. 
O homem, tal como o concebe o existencialismo, se não é definível, é porque primeiramente não é nada, só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la. 
Em sua obra, ele não deu uma importância excessiva ao problema religioso, pois não estava preocupado em discutir sobre a existência ou não existência de Deus. Nada, nem mesmo Deus, pode justificar o homem ou retirá-lo de sua liberdade total e absoluta ou ainda salvá-lo de si mesmo. 
O homem, portanto, não é mais do que o que ele faz. O homem é como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência. Não há uma essência igual em todas as pessoas, uma natureza humana, portanto não há uma lista de regras estabelecidas antes do ser humano existir. Logo, ele precisa criá-las por si mesmo. Não poderia existir nada “a priori” para Sartre.
Deve-se compreender que Sartre não aplica este princípio do existencialismo universalmente, mas apenas para a humanidade. Sartre argumentava que havia, essencialmente, dois tipos de ser. 
O primeiro sendo o “ser-em-si” (l’en-soi), que é caracterizado como preciso, completo e não tem razão alguma para sua existência, ele simplesmente é; o segundo é o “ser-para-si” (pour soi-le), que é a consciência do ego.

2. “O homem é condenado a ser livre”

Para Sartre, o fato de não haver uma essência anterior à existência força os homens a serem livres: eles precisam inventar regras, valores, improvisar. Portanto, só o fato de alguém existir traz, obrigatoriamente, o fato de ele ser livre. 
A existência condena os homens à liberdade. Devido à falta de valores predeterminados, estão todos sós e sem desculpas. Por isso, ninguém pode se eximir da responsabilidade por seus atos e suas consequências. Cada um escolhe por si mesmo, através de seu próprio julgamento, baseando sua decisão no que achar conveniente. Todo homem é responsável por escolher para si e, com isso, para toda a humanidade, o que causa muita angústia. Ele não pode escapar do compromisso de escolher e se ele não escolhe nada, escolhe não escolher. 
O ser humano tem compromisso com seu futuro, com as outras pessoas, consigo mesmo. Sartre defendia que o existencialismo é uma doutrina da ação e que ninguém deve se ausentar de nenhum compromisso ou utilizar-se de desculpas, pois cabe a cada um traçar seu próprio destino.


REFERÊNCIA

SARTRE, J-P. O existencialismo é um humanismo. Les Éditions Nagel: Paris, 1970.

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COMO CITAR ESTA POSTAGEM

FERREIRA, A. C. C. Breves reflexões acerca do pensamento Jean-Paul Sartre. Curitiba, 18 Mar 2018. Disponível em: <https://psiqueempalavras.blogspot.com/2018/03/breves-reflexoes-acerca-do-pensamento.html>

quinta-feira, 15 de março de 2018

A problemática da autonomia no meio acadêmico

Alessandra Ferreira


A grande dificuldade encontrada nas instituições de ensino superior, tanto em relação aos professores quanto aos alunos, volta-se para o desenvolvimento da autonomia em sala de aula. 
Talvez isso se dê ao fato de que a educação no Brasil possui ainda enraizado em si os moldes da escola tradicional que coloca o mestre em uma posição de detentor do conhecimento, enquanto o aluno deve se sujeitar a uma posição deveras passiva de receptor. 
No entanto, deve-se pôr em prática a reflexão de que a educação superior deve propor um exercício de promoção à autonomia do sujeito.

Qual é o problema?

Jhéssica Karine Pereira


Neste texto pretende-se elucidar brevemente a problemática que os alunos encontram dentro do meio acadêmico. 
A formação no ensino superior se constitui como um sonho na vida de muitas pessoas. É um desejo, não se sabe direito “do quê”, ou ainda “do por quê”. Mas espera-se que ao longo do curso se tenha ao menos algumas pistas desse motivo.
Sendo assim, é desejável que a formação acadêmica convoque o sujeito a se transformar. Tal processo pode ser angustiante, o que deixa a graduação algo ainda mais complexo. Onde a maior dificuldade que um aluno poderá encarar está dentro dele mesmo, cabendo somente a ele a tarefa de fazer algo concreto com esse sentimento.

O filme “O Bebê de Rosemary” e o conceito de paranóia


Essa postagem traz uma análise sobre o filme “O Bebê de Rosemary”, buscando deixar de lado o aspecto paranormal do filme, e trazendo um viés psicanalítico em que o principal tema abordado é a paranóia. O trabalho foi realizado no quinto semestre na disciplina Psicopatologia I. Texto foi escrito por Alessandra Ferreira, revisado e organizado para o blog por Jhéssica Karine Pereira.